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Controlo da temperatura no fabrico de peças mecânicas e vulcanizações

O fabrico de peças na indústria requer em muitos casos a aplicação de processos térmicos. A qualidade das peças concluídas depende da aplicação correta da temperatura necessária. Por isso, imprescindível que seja efetuado um controlo de temperatura adequado, para se poder garantir um produto de qualidade.

Na maior parte dos fornos, tanto os convencionais ou estáticos como os de processos contínuos, com entrada e saída de peças, incluem-se controlos de temperatura que permitem o controlo da temperatura dos mesmos. No entanto, estes sensores de temperatura são aplicados sobre zonas do forno, sem que tenham em conta a temperatura real que as peças estão a receber.

Os indicadores de temperatura, assim como os lápis termossensíveis, pelo facto de serem aplicados sobre a própria peça, permitem que se conheça com exatidão a temperatura que o produto recebe.

Indicadores de temperatura para o fabrico de peças na indústria

Problemática do controlo de temperatura em processos térmicos na indústria

A execução de um controlo de temperatura fiável nos processos de fabrico de peças é indispensável para se garantir que o produto efetua corretamente o processo térmico e que, portanto, apresenta as propriedades adequadas que garantem a qualidade do seu acabamento.

A problemática nos processos contínuos, assim como nos fornos estáticos, está no uso de sensores que monitorizam a temperatura do forno, mas não da peça. É frequente a ocorrência de variações de temperatura dentro do forno, em função da zona, devido ao uso e ao desgaste das resistências calefatoras.

Os sensores de temperatura do forno, devido ao desgaste, também podem efetuar medições erradas e necessitar de ser substituídos ou recalibrados.

O uso de indicadores de temperatura é uma solução simples para esta problemática.

Indicadores de temperatura para o fabrico de peças mecânicas e vulcanizações

As etiquetas de temperatura irreversíveis são sensores adesivos que se colam numa peça e efetuam uma mudança de cor permanente ao alcançar determinada temperatura. Estas etiquetas, pelo facto de ficarem coladas ao produto, darão a informação exata da temperatura à qual ele esteve submetido. Além disso, por serem irreversíveis, permitem que se verifique no fim do processo se a temperatura correta foi alcançada ou não.

O uso destes indicadores de temperatura permite a deteção de problemas em zonas do forno não aquecidas corretamente, ou então imprecisões dos sensores de temperatura do mesmo forno devido ao desgaste. Desta forma, permite a correção das anomalias e a garantia da qualidade das peças. Pelo facto de se tratar de etiquetas autocolantes, é possível descolá-las a posteriori e anexá-las a relatórios de qualidade.

Lápis de temperatura

Em temperaturas acima dos 260ºC não é possível o uso de etiquetas de temperatura. No entanto, é possível utilizar lápis de temperatura para controlo térmico. Estes lápis são de uso simples, assim como as etiquetas. Basta marcar com eles as peças a monitorizar e o traço que for efetuado mudará de cor de forma irreversível durante o processo, indicando se a temperatura adequada foi alcançada ou não.

Controlo de temperatura na vulcanização de borracha

Um dos processos no fabrico de peças, onde o controlo da temperatura é necessário para se garantir o acabamento final, é a vulcanização de borrachas, tanto no fabrico de pneus, como na verificação de juntas de borracha.

Controlo de temperatura no fabrico de pneus

Durante o processo de fabrico dos pneus, há vários processos térmicos em que é necessário medir a temperatura de trabalho.

Durante a calandragem de cinto e camada, onde o composto de borracha é aplicado aos cordões, assim como durante a cura do pneu, é importante que se controle a temperatura do processo.

No entanto, é na mistura do composto de borracha que a regulação da temperatura é crítica, dado que um excesso da mesma pode danificar o composto. Esta operação costuma ser efetuada em duas etapas: a mistura onde nos movemos entre 160ºC e 170ºC e a etapa final, em que se adiciona o pacote de materiais para a cura, que não pode ultrapassar os 100ºC – 110ºC para se evitar que o material fique queimado.

Controlo de temperatura na verificação de juntas de borracha

Neste processo é necessário um controlo e registo da temperatura alcançada para se ter a certeza de que as juntas terão posteriormente a dureza adequada. As juntas de borracha devem garantir um fecho hermético de determinados componentes do motor do automóvel para evitarem a fuga dos diversos líquidos que participam no funcionamento correto de tal motor (travões, anticongelante, etc.). O processo é efetuado a 120ºC e o uso de indicadores ou lápis de temperatura garante o resultado final.

Registo de temperatura no fabrico de peças mecânicas: Revenido

Há diversos processos na indústria destinados a alterar as propriedades do metal e, portanto, as características da peça. O processo de revenido é um tratamento destinado a aumentar a resistência e a elasticidade da peça, ao eliminar as tensões internas da mesma, que ocorreram noutros processos como a têmpera.

O controlo de temperatura no revenido varia em função da peça e do uso requerido. Desta forma, uma peça onde seja necessária uma grande dureza como, por exemplo, as ferramentas, costuma ser efetuado entre 150ºC e 220ºC, enquanto os processos onde é necessária uma maior elasticidade do produto, as temperaturas de trabalho podem oscilar entre os 450ºC e os 600ºC.

Em qualquer um destes procedimentos, o controlo de temperatura no fabrico de peças industriais mediante indicadores de temperatura é a forma mais eficaz de controlar a qualidade final do produto.